segunda-feira, 30 de maio de 2016

Depois de quase falir, Gióia encontra o rumo e fatura mais de R$ 3 mi

Em sua quarta gestão, o laticínio abre uma loja em São Paulo e volta a crescer


Viviana Roncoletta, da Gióia (Foto: Divulgação/Gióia)

Marcos Roncoletta era contador na empresa Laticínios Gióia quando resolveu investir na empresa e virar dono. No mercado desde 1953, o negócio estava prestes a falir e Roncolleta e a filha Viviana assumiram o desafio de recuperá-lo. “A empresa é bem antiga, tem mais de 60 anos, foi fundada em por um italiano e já passou por quatro gerações de donos diferentes”, diz Viviana.

De 2010 para cá, a família investiu R$ 3,5 milhões na fábrica de queijos. Neste mês, abriram a primeira loja em São Paulo. Depois de investimento de R$ 40 mil reais, a loja deve receber produtos três vezes por semana, direto da fábrica em Atibaia, no interior paulista. “Entregar para o consumidor final um produto com mais qualidade agrega valores em todos os processos, aumentando a rentabilidade”, afirma.
Com 60 vacas do tipo jersey, a empresa produz queijos de alta qualidade, como a ricota feita com método italiano e os nozinhos feitos manualmente, um a um. “Mantemos os processos artesanais como uma forma de diferenciação. Os grandes laticínios trabalham com maquinário industrial. Aqui é o queijeiro que mexe e dá o ponto da massa. Um dos carros-chefes é o nozinho. A grande indústria não faz e nos pegamos este mercado”, diz.

Queijo do tipo nozinho (Foto: Divulgação/Gioia)

Com 30 funcionários, a fábrica processa de seis a dez mil litros de leite por dia, produzindo oito toneladas por mês do queijo no formato de nó e duas toneladas da ricota, além de outros itens, como o queijo meia cura. No ano passado, a empresa faturou R$ 3,3 milhões de reais. “A expectativa para 2015 era aumentar em 15% o faturamento, mas mediante a situação do país, estamos contando com aumento de apenas 7%”, diz.
Formada em medicina veterinária, Viviana conta que sentiu na pele a dificuldade de ser jovem e mulher na hora de empreender. “Foi um grande desafio. É uma área machista, de pessoas mais velhas. Demora para uma pessoa de 20 e poucos anos entender o mercado, mas acabei conseguindo acertar”, diz. Além da unidade própria, os queijos do laticínio podem ser encontrados em até 300 pontos de venda.


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